Entrevista forense e preconceito

Certa vez estava na residência de um cliente VIP em São Paulo tratando um caso de furto de bens. O cliente me apontou como testemunha seu piscineiro, mas assim que o homem foi chamado me advertiu:
– Não espere muito dele, ele mal sabe escrever o próprio nome e vive no mundo da lua.

Ouvi o que o cliente me posicionou e o funcionário chegou diante de mim para que a entrevista forense fosse realizada. Com o desenrolar da entrevista o piscineiro se mostrou surpreendido com o furto e me me disse que “isso era falta de Deus no coração de quem tinha feito aquilo”. Contudo, logo em seguida ele me fez um questionamento:
– Você sabe o que é Deus?

Como conhecedor de diversas metodologias, devolvi a pergunta para ele. Ele então pediu que eu fechasse os olhos para poder explicar, tão logo eu fiz isso ele assoprou contra o meu rosto o mais forte que pode. Assim que eu abri os olhos ele me disse:
– Isso é Deus, você não vê, você não toca, mas você sente!

E você? que tipos de preconceito te impedem de se desenvolver como profissional de compliance e mesmo como ser humano?

Grande abraço!
André Costa de Almeida, OAB/SP: 314.283, cfi, pdpe, cpc-a, mba

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